Enxurrada causa destruição em Sarandi
A enxurrada passou de
um metro de altura no final da tarde de terça-feira no cruzamento das ruas João
Marangoni e João Gomes Redondo, na área comercial do Parque Alvamar, em
Sarandi, próximo ao limite com Maringá, invadiu casas e lojas e arrancou quase
dois quarteirões do asfalto da João Redondo.
A cena já se tornou comum desde que se intensificaram as chuvas
de verão. "Cada vez que arma uma chuva, a gente já sabe que vem
problema", diz o metalúrgico Claytson Flávio Garbe, funcionário, enquanto
ajudava colegas de trabalho a tirar parte da lama levada pelas águas para
dentro da empresa em que trabalha.
Destruição causada pela enxurrada no Parque Alvamar, limite entre
Sarandi e Maringá; asfalto, calçadas e muros foram arrancados pela correnteza
"Tudo aqui dentro ficou invadido pelo lamaçal, um
motoqueiro que passava alí pela Rua João Marangoni foi arrastado com moto e
tudo, só parou na esquina de lá, embaixo de um caminhão", conta.
Ao lado da metalúrgica, a enxurrada arrancou a calçada e deixou
um buraco com mais de um metro de profundidade com cerca de 15 metros de
comprimento. O ponto de ônibus existente no que já foi uma calçada agora
equilibra-se em um bloco de concreto. O asfalto da João Redondo foi arrancado
desde a João Marangoni até dois quarteirões abaixo.
FRASE
“Cada
vez que arma
uma chuva, a gente já
sabe que vem problema.
Tudo aqui dentro ficou
invadido pelo lamaçal,
um motoqueiro foi
arrastado”
uma chuva, a gente já
sabe que vem problema.
Tudo aqui dentro ficou
invadido pelo lamaçal,
um motoqueiro foi
arrastado”
Claytson
Flávio Garbe
Metalúrgico
Metalúrgico
Alessandra Alegre dos Anjos, moradora do Parque Alvamar que
trabalha em um bufê infantil em Maringá, foi chamada com urgência e ao chegar
em casa, junto com o marido, Fernando, encontrou a casa com mais de 20
centímetros de enxurrada em todos os cômodos.
A força da água que passou pelo quintal foi tanta que derrubou o
muro dos fundos. Dois guarda-roupas, estante, cômoda, criado-mudo e outros
objetos da residência ficaram danificados.
A casa geminada do casal dos Anjos, na Rua Francisco Fernando
Cara, fica em frente a um terreno da prefeitura, onde foi construída uma caixa
para recebimento da tubulação que desce de outros bairros, como o Independência
e o Panorama, porém a caixa é insuficiente para tal volume de água, que
extravasa e invade as casas vizinhas.
"Há tempos que cobramos uma solução, ouvimos promessas e
tudo continua do mesmo jeito", disse Alessandra, que ontem foi com o
marido à prefeitura para mais uma vez pedir providências. O casal dispõe de
fotografias, vídeo e várias testemunhas para levar a prefeitura à Justiça e
cobrar indenização pelos prejuízos.
Reclamação
"O que revolta é que fazem pouco caso quando pedimos providência", diz Osmar de Oliveira, também morador na Rua Francisco Cara. Segundo ele, todas as vezes que a prefeitura é cobrada, o secretário de Urbanismo e o diretor de Serviços Públicos garantem que vão tomar providências, mas tudo continua do mesmo jeito.
Reclamação
"O que revolta é que fazem pouco caso quando pedimos providência", diz Osmar de Oliveira, também morador na Rua Francisco Cara. Segundo ele, todas as vezes que a prefeitura é cobrada, o secretário de Urbanismo e o diretor de Serviços Públicos garantem que vão tomar providências, mas tudo continua do mesmo jeito.
"Eles dizem que fazem a manutenção da caixa de contenção,
mas isto não é verdade", explica Oliveira. "As poucas vezes que foi feita
alguma limpeza, eu e os vizinhos que tivemos que fazer, pois a prefeitura nada
fez desde que a caixa foi construída".
Rafael Hamud, que também mora próximo à caixa de contenção,
desmente a prefeitura. "Nunca alguém da prefeitura apareceu por
aqui".
Obras
"Esta região do Alvamar é problemática porque está em uma baixada e para cá desce a água de vários bairros", disse ontem o diretor de Serviços Públicos da prefeitura de Sarandi, Evandro Montello de Almeida. Segundo ele, nos bairros vizinhos a rede de galerias de águas pluviais é muito fina e com isto a enxurrada corre sobre o asfalto e, ao chegar ao Alvamar, causa estragos.
Obras
"Esta região do Alvamar é problemática porque está em uma baixada e para cá desce a água de vários bairros", disse ontem o diretor de Serviços Públicos da prefeitura de Sarandi, Evandro Montello de Almeida. Segundo ele, nos bairros vizinhos a rede de galerias de águas pluviais é muito fina e com isto a enxurrada corre sobre o asfalto e, ao chegar ao Alvamar, causa estragos.
Na segunda-feira uma equipe da prefeitura estava no bairro
preparando uma operação para eliminar os buracos, quando começou a chover.
Ontem, a equipe voltou, fez a limpeza de alguns bueiros e preparou a base para
o asfaltamento do trecho danificado da Rua João Gomes Redondo, mas à tarde uma
nova chuva destruiu o que foi feito pela manhã.
"Tão logo as condições climáticas permitam, vamos fazer
tudo o que é necessário, inclusive a recuperação do asfalto", disse ele.
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